Como fabricante terceirizada, a Torneria Novoletto produz componentes em sua unidade italiana em Lainate, perto de Milão, para usuários finais nas indústrias química, farmacêutica e médica. Os funcionários também são os proprietários – três irmãos que continuam a administrar a empresa fundada por seu avô em 1984. Eles processam principalmente materiais como alumínio, aço, titânio e cromo-cobalto em peças pequenas e complexas, com um peso de até cerca de dois quilogramas. Inicialmente, a empresa produzia os componentes mecanicamente em fresadoras manuais e introduziu o primeiro centro de usinagem com controle numérico em 2003 – hoje, dez máquinas estão em operação.
“O desafio específico em nosso caso, com a fabricação de componentes, é a alta precisão e a alta confiabilidade do processo”, enfatiza Massimo Novoletto, um dos três proprietários da Torneria Novoletto. “As operações de usinagem que realizamos normalmente envolvem lotes de tamanho médio, mas cada peça leva um tempo considerável para ser concluída — até duas ou três horas.” Com apenas três funcionários na oficina, não foi possível utilizar plenamente as máquinas. Até agora, os centros de usinagem têm funcionado apenas por períodos relativamente curtos — no máximo dez horas por dia — e permaneciam ociosos durante a noite. Essa ineficiência foi ainda mais agravada pelo fato de a Torneria Novoletto ter dificuldades em encontrar operadores de máquinas qualificados e experientes. Assim como muitas oficinas e empresas, eles foram afetados pela escassez de mão de obra qualificada — um fator crucial que impediu que o potencial de produtividade total das máquinas e sistemas fosse alcançado.
“Graças ao nosso fornecedor de longa data, a Uemme de Coccaglio, já estávamos utilizando equipamentos modernos e de qualidade, sistemas de troca rápida de paletes, fixação de paletes com morsas e porta-ferramentas SCHUNK”, continua Edoardo Novoletto. “Ao otimizar continuamente os equipamentos operacionais e a confiabilidade do processo, conseguimos melhorar os tempos de preparação das máquinas e a qualidade das peças – mas ainda não era suficiente.” Uma solução para otimizar ainda mais a produção e lidar com picos de demanda foi a automação. Para a Torneria Novoletto, um objetivo fundamental era aumentar a utilização das máquinas – por exemplo, possibilitando a operação não tripulada 24 horas por dia. “Além da necessidade de operar sem supervisão humana 24 horas por dia, estávamos determinados a otimizar a produção, passando de um processo manual para um automatizado que possa responder de forma flexível aos picos de demanda”, explica Eduardo Novoletto. A Torneria Novoletto já conhece os dispositivos de fixação de peças e ferramentas da SCHUNK há anos. Graças ao sólido relacionamento e à estreita cooperação com o especialista em automação, os dois parceiros discutiram possíveis soluções adaptadas às necessidades específicas de produção da empresa. Após avaliar todas as opções viáveis, a decisão foi tomada em favor do sistema R-C2 – uma solução híbrida que combina automação de paletes e carregamento direto de peças. Com a morsa de fixação R-C2, que tanto agarra quanto fixa a peça, os usuários podem manusear continuamente peças de tamanhos variados em um único processo – sem a necessidade de ajustes manuais, o que minimiza os tempos de preparação. Isso permite, por exemplo, usinar peças complexas e produções em série com alta flexibilidade, precisão e eficiência.
Uma característica especial da R-C2 é a estação hexagonal, que permite a fixação automática da peça para OP20 e possibilita a usinagem completa a partir de todos os seis lados. Essa funcionalidade diferencia o sistema R-C2 e oferece valor agregado.
“Decidimos adquirir um novo centro de usinagem de cinco eixos Quaser UX500 da TECNOR Macchine e integramos o sistema R-C2. “Essa solução automatizada foi a que melhor se adequou às nossas necessidades”, afirma Massimo Novoletto. Com o R-C2, um único dispositivo assume as funções de manuseio da peça no carregador e de posicionamento e fixação da peça na máquina. “Resumidamente, trata-se de um módulo de fixação montado no pulso do robô. Primeiro, ele pega a morsa autocentrante, que é então usada para retirar a peça bruta de um carregador. O módulo de fixação agora posiciona a morsa autocentrante, incluindo a peça fixada, diretamente no sistema de paletes de troca rápida da máquina-ferramenta. Após a usinagem, o robô remove a morsa com a peça acabada usando o módulo de fixação e a coloca no carregador de peças acabadas”, descreve Edoardo Novoletto sobre os processos. Especialistas em sistemas da Labormak, em Piacenza, apoiaram a Torneria Novoletto em sua oficina em Lainate na implementação da célula autômata desenvolvida sob medida. Essa solução completa, com sua versatilidade, pode ser adaptada às necessidades específicas de qualquer contexto de produção. Isso também garante a segurança da fábrica, por exemplo, por meio do uso de sistemas de segurança modernos, como o FANUC DCS – um software integrado que garante a segurança de operadores, robôs e ferramentas – e dispositivos de proteção, como o scanner a laser montado no piso. Esses sistemas garantem a segurança do operador e permitem o uso da célula sem barreiras de proteção.
Para Alessandro Novoletto, o diferencial tecnológico do sistema R-C2 é convincente: "O sistema conecta a fixação e o aperto de peças." Ele combina a automação de peças com a automação de paletes. Este sistema posiciona e fixa componentes automaticamente, sem a necessidade de adquirir dispositivos de fixação separados para cada variante de peça. Outra vantagem é a sua versatilidade: basta trocar as mordentes da morsa para poder alternar, por exemplo, entre uma peça redonda e uma prismática. O longo curso da morsa garante alta flexibilidade. Utilizando diferentes tipos de morsas, é possível manusear diversos produtos. Além disso, é possível a produção autônoma durante as noites e fins de semana. "Com essa solução, combinamos a otimização da produção e a fabricação não tripulada 24 horas por dia", confirma Massimo Novoletto.
Para a Torneria Novoletto, a solução que desenvolvemos é ideal porque atende de forma excelente aos requisitos de produção em termos de precisão, variação das peças, complexidade das peças e tamanhos dos lotes. A empresa agora pode reagir com flexibilidade às solicitações dos clientes, lidar de forma confiável com pedidos em série e aumentar o volume de produção sem a necessidade de pessoal adicional. Outro aspecto importante para a Torneria Novoletto é a simplicidade de operação e manuseio do sistema R-C2. Mesmo os funcionários com menos experiência podem aprender rapidamente a controlar e programar o sistema. A pequena empresa no norte da Itália conseguiu adotar o novo conceito de automação de forma rápida e tranquila – levou apenas cerca de oito meses desde a ideia inicial até a implementação do sistema. Edoardo Novoletto também está convencido da parceria cooperativa com a SCHUNK: “A SCHUNK é a parceira certa para aumentarmos nossa produtividade com o objetivo de mantermos nossa competitividade. Com o R-C2, estamos agora bem posicionados para o futuro.”
